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Você sabia que plantas aquáticas podem ajudar no monitoramento da qualidade da água? Um estudo encomendado pela Águas de Penha apontou que as plantas encontradas nas lagoas do Bairro Santa Lídia, em Penha, colaboram na autodepuração e, consequentemente, no aumento da qualidade da água. As lagoas fornecem água para a Estação de Tratamento de Água (ETA Penha) considerada uma alternativa para ampliar o fornecimento especialmente nos períodos de alto consumo, sem dispensar o volume recebido do rio Piçarras.
De acordo com Tiago Santos e Souza, coordenador de meio ambiente da concessionária, o objetivo principal do projeto, que iniciou em 2020 durante o processo de licenciamento da ETA, foi avaliar as condições de crescimento da população de plantas das lagoas, associando à qualidade da água na captação. O estudo também orientou sobre o plano de manejo das plantas, com o mínimo de impacto.
Segundo o biólogo PhD Fernando Alves Ferreira, especialista e pesquisador em macrófitas do Instituto SENAI de Inovação em Biomassa de Três Lagoas (ISI-MS), a presença das plantas aquáticas atualmente se encontra de forma equilibrada. Ao mesmo tempo não pode ser encarada como problema para projetos de captação, tratamento e fornecimento de água à população, visto que são plantas nativas do ambiente as quais promovem a autodepuração da água e aumento da qualidade da água.
O biólogo considera o projeto de sucesso, pois a biodiversidade de macrófitas aquáticas e da fauna associada (peixe, aves, moluscos, crustáceos) das áreas aquáticas do complexo de lagoas foram mantidas e a qualidade da água para o tratamento continua de grande qualidade.